Loli ☕

Reflections of nothing. Some kind of a diary. Enjoy!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

A noite era fria, gelada mesmo, um nevoeiro cerrado estava a impedir a visibilidade do que estava a acontecer lá fora, mas em casa estava quente. 

                            


O lume estava acesso, a música estava baixinha, a única luz que iluminava a sala vinha da lareira. Com um copo de vinho branco na mão e uma manta pelas costas, estava à janela, à espera.
De repente ouvi um estrondo, não percebi imediatamente de onde vinha o som, decidi investigar então. Pousei o copo na mesa da sala e tirei a manta das costas... 
Dirigi-me ao quarto, onde vesti um casaco de malha por cima da minha camisola de dormir, verifiquei as janelas, nada estava fora do lugar, a visibilidade na rua era praticamente nula. 
Ao voltar de novo para a sala comecei a ouvir uns sons estranhos, mais uma vez não entendi de onde vinham. A casa só tinha duas divisões, a sala e cozinha eram juntas, depois só havia um quarto pequeno e uma casa de banho.
O meu coração começou a bater mais rápido, que estranho! Não consigo ver nada lá para fora, barulhos estranhos a acontecer dentro de casa, uma casa pequena, comecei a sentir medo... 
Sair para a rua estava fora de questão, para além do frio, não se via nada, era como ir do desconhecido para o desconhecido!
Regressei à sala, fiquei parada em frente à janela, a olhar para o branco vazio, a tremer de medo e a sentir-me inútil!
Senti um toque quente na minha cintura, um arrepio percorreu o meu corpo, senti-me a relaxar.
Senti o peito dele nas minhas costas e os braços à volta do meu tronco, a segurança voltou a mim,
Aqueles braços eram o meu lar! 
A minha paz! 
O meu conforto! 
O meu tudo!









MP 



quarta-feira, 7 de novembro de 2018






















Eu quero um amor... Eu quero o meu grande amor!
Estou à espera dele à tanto tempo... 
Confesso que começo a desanimar.
Quero aquele sentimento que eu acredito ser maravilhoso, aquele de pensar numa pessoa e sorrir para o nada, aquele entusiasmo de saber que vou ver aquela pessoa ao fim de um dia de cão, ou no final de bom dia. 
Para que possamos partilhar os nossos dias, sejam eles como forem, para nós nos podermos confortar, aturar, mimar e apoiar.
Quero aquela ânsia de sentir aquelas mãos pelo meu corpo, sentir aqueles lábios nos meus, aquelas borboletas na barriga e aquela loucura só para ter essa pessoa perto de mim. 






















Quero explorar tudo, mesmo tudo com alguém. 
Quero discórdias, quero turbulências e quero brigas. 
Quero conversas profundas, quero reconciliações e quero entendimentos.
Quero tudo a que tenho direito, desde o medo da entrega ao medo da perda!
Quero querer tudo! 
Mas, será que este sentimento existe mesmo?
É real? Ou é só uma ilusão que vende bem no cinema e nas livrarias?
Será que sou eu que tenho um problema?
Será que tenho uma expectativa muito alta?
Tenho as ideias erradas sobre a realidade? 
Tenho medo. Medo de estar à espera do que não existe. Medo de deixar de acreditar. Medo de nunca te encontrar. 


















MP

domingo, 8 de julho de 2018

When something goes wrong, when everything seems to be against me, when I'm not anyone or anything, someone expendable, disposable, without any value, I feel sad, lonely and anxious.

Whenever something good seems to be about to happen, the universe comes!

I feel like I'm doing too much for others, too much to others, but it's never enough or what I do not have that much importance.

Sometimes I think, can I have that I have a lot of high expectations, or so the people do not like me as much as I do them.

The point in this reflection/rant is, I can't fully trust anyone, put my hands on anybody, so nobody serves.

Like a lot of people, but she doesn't like me that much.

I don't like my body, I don't hate him, but it's not where I feel more "comfortable".

I was never a good student, I've never been a bad student, never gave problems to my teachers, but also never gave a lot of joy to my parents (in the school).

I have no friends, in addition to moving house/school, I've never been a social person, so... (something I'm trying to improve)

In all jobs where I've been, I've been able to keep in touch with some people, and some college friends too, we're talking about sometimes, but nothing.

My friends are the only people who accompany me since high school, but they, unlike me, they always have things to do or think, what makes them busy people.

I am not selfish, so I respect their space, I don't always call them for putting up with me.

Although doing exercise, a healthy diet, sleep enough hours at night, to look, to have the House clean and tidy, to have the cutest pets ever, having a job and my family be minimally together, sometimes I feel alone.

Empty.

Without energy.

Weak.

Weak because when something goes right, I don't know what to do, what to say or even what to think.

Weak, because it was supposed to be head-on and ready to face the day tomorrow, hope for the best and preparing to deal with what comes.

But no, I'm sad and feeling sorry for me. So, today, I feel weak.


But ... Today only!






MP







Quando alguma coisa corre mal, quando tudo parece estar contra mim, quando parece que não sou nada nem ninguém, uma pessoa dispensável, descartável, sem qualquer valor, sinto-me triste, só e angustiada.

Sempre que alguma coisa boa parece estar prestes a acontecer, o universo chega!
Sinto que faço demais pelos outros, demais para os outros, mas nunca é o suficiente ou então o que faço não tem assim tanta importância.

Por vezes penso, posso eu tenho que tenho as expectativas muitos altas, ou então, as pessoas não gostam tanto de mim como eu delas.

O ponto nesta reflexão / desabafo é, não consigo comfiar na totalidade em ninguém, não ponho as minhas mãos no fogo por ninguém, assim, ninguém me falha.

Gosto muito das pessoas, mas ela não gostam tanto de mim.

Não gosto do meu corpo, não o odeio, mas também não é onde me sinto mais "confortável".

Nunca fui boa aluna, nunca fui má aluna, nunca dei problemas aos meus professores, mas também nunca dei muitas alegrias aos meus pais (no que toca à escola).

Não tenho amigos de infância, para além de estar sempre a mudar de casa / escola, nunca fui uma pessoa social, portanto... (algo que estou a tentar melhorar)

Em todos os trabalhos por onde já passei, consegui manter o contacto com algumas pessoas, e alguns colegas de faculdade também, vamos falando às vezes, mas nada por aí além.

As minhas amigas são as únicas pessoas que me acompanham desde a escola secundária, mas elas, ao contrário de mim, têm sempre coisas para fazer ou pensar, o que faz delas pessoas ocupadas.

Não sou egoísta, por isso respeito o espaço delas, não estando sempre a chama-las para me aturarem.

Apesar de fazer exercício, ter uma alimentação saudável, dormir as horas suficientes à noite, de me arranjar, de ter a casa limpa e arrumada, de ter os  animais de estimação mais fofos de sempre, de ter um trabalho e da minha família ser minimamente unida, por vezes sinto-me só.

Vazia.

Sem energia.

Fraca.

Fraca porque quando alguma coisa corre menos bem, não sei o que fazer, o que dizer ou sequer o que pensar.

Fraca, porque era suposto estar de cabeça levantada e pronta a enfrentar o dia de amanhã, a esperar que tudo corra pelo melhor e a preparar-me para lidar com o que vier.

Mas não, estou triste e a lamentar-me. Por isso, hoje, sinto-me fraca.

Mas... Só hoje!





MP