Presente...
Ao apertar a minha mão, senti uma descarga eléctrica pelo corpo todo, de repente senti-me gelar. Começou pelas mãos, foi descendo, até aos pés, no início foi desconfortável, mas ao fim de uns segundos tornou-se aconchegante.
Então aperto-lhe a mão de volta, deixei de sentir o corpo, deixei de sentir a alma, simplesmente, não sentia nada. Como se não existisse, estava apenas a sobreviver.
Olho para ela e voltamos ao nosso caminho, aquele que nunca deveríamos ter interrompido.
Então aperto-lhe a mão de volta, deixei de sentir o corpo, deixei de sentir a alma, simplesmente, não sentia nada. Como se não existisse, estava apenas a sobreviver.
Olho para ela e voltamos ao nosso caminho, aquele que nunca deveríamos ter interrompido.
Passado...
Estava farta, exausta, magoada, até que decidi deixar este frio de lado. Decidi deixar de ser invisível. Separei-me dela, larguei-a, virei-lhe costas e não pensei duas vezes ao fazê-lo.
Fui perfeita, agradei a todos, senti-me bem, como nunca me tinha sentido antes, senti-me quente. Enquanto passava, todos me olhavam com encanto e admiração, não tinha qualquer defeito, eles amavam-me tanto!
Mas nunca fui perfeita e nunca serei, enganei todos. Para quê? Talvez para não sentir o frio que já vivia dentro de mim, para remendar o buraco que existia no meu coração, para sair deste túnel escuro sem fim.
A máscara caiu, não me conseguia esconder, não me conseguia encontrar, no meio de tantas mentiras e falsidades. Fiquei paranóica, desesperada.
Fui deixada, enfraquecida, esquecida e abandonada.
Ela viu-me, sempre me viu, sempre me acompanhou e apoiou. Eu deixei-a. Foi o meu maior erro.
Sempre vivi através dela, com ela. Não adiantou o meu esforço para me libertar, apenas a beneficiou. Acabei por perceber que usar uma máscara é esgotante, frustrante e desgastante, mas foi com o meu erro que encontrei o meu lugar. A quem pertenço.
Fui perfeita, agradei a todos, senti-me bem, como nunca me tinha sentido antes, senti-me quente. Enquanto passava, todos me olhavam com encanto e admiração, não tinha qualquer defeito, eles amavam-me tanto!
Mas nunca fui perfeita e nunca serei, enganei todos. Para quê? Talvez para não sentir o frio que já vivia dentro de mim, para remendar o buraco que existia no meu coração, para sair deste túnel escuro sem fim.
A máscara caiu, não me conseguia esconder, não me conseguia encontrar, no meio de tantas mentiras e falsidades. Fiquei paranóica, desesperada.
Fui deixada, enfraquecida, esquecida e abandonada.
Ela viu-me, sempre me viu, sempre me acompanhou e apoiou. Eu deixei-a. Foi o meu maior erro.
Sempre vivi através dela, com ela. Não adiantou o meu esforço para me libertar, apenas a beneficiou. Acabei por perceber que usar uma máscara é esgotante, frustrante e desgastante, mas foi com o meu erro que encontrei o meu lugar. A quem pertenço.
Jurei a mim mesma nunca mais me afastar de ti.
Seremos sempre só os dois.
És a minha única verdade, a minha realidade. A minha solidão.
MP
Seremos sempre só os dois.
És a minha única verdade, a minha realidade. A minha solidão.
MP
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